quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Evolução da Indexação do Conhecimento Humano

O conhecimento humano evoluiu de forma exponencial ao longo dos séculos e com isso, foram criadas diversas formas de indexação desse conhecimento, sendo o escriba a primeira célula criada nos primórdios da civilização para organizar os primeiros escritos, chegando aos tempos atuais a idéia foi evoluida para os grandes buscadores. Porém apesar da aparência diferente do elemento organizador, as técnicas ainda são muito similares desde o começo da criação da história escrita.

O grande problema disso anteriormente era da eventual perda de conteúdo ao catalogar teorias, escritos e textos em geral. Como exemplo posso citar as leis de genética de Mendel, que se perdeu por quase um século até ser encontrada por pessoas que eram capazes de dá-la a devida importância.

Com a evolução e o advento da internet, a perda de dados ainda é uma possibilidade, mas o problema atual mora na categorização desse conteúdo.

No momento em que vivemos da evolução do conhecimento humano, o volume de conhecimento gerado pela humanidade suplantou todas as expectativas esperadas, porém a qualidade desse conteúdo tornou-se amplamente discutível, pois o destaque dos conteúdos não é definido de forma semântica, mas sim seguindo métricas de organização fixas e incapazes de avaliar e respaldar o valor do conteúdo gerado no âmbito individual.

Trocando em miúdos, tomo como exemplo este texto: Enquanto escrevo este ponto de vista sobre como a semântica é vital na indexação dos tempos modernos, o conteúdo que gero está neste exato momento concorrendo com diversos outros de menor valor acadêmico ou mercadológico, tais como notícias sobre celebridades efêmeras, dançarinas que se destacam pelo corpo e não pelos pés ou qualquer outro fato que será explorado pela mídia até a exaustão.

O meu conteúdo ao ser publicado será indexado e categorizado nos agregadores de conteúdo moderno, os buscadores, pelas palavras que usa, e apenas isso. O real valor dessas palavras caberá ao internauta garimpar e escolher no meio de milhões de outros conteúdos gerados.

Ou seja, as técnicas antigas não se aplicam mais aos tempos modernos, pois em vez de agregarem realmente conteúdo acabam gerando ruído ao internauta devido ao excesso de informação, que está categorizado, porém não está avaliado sobre sua relevância ao internauta.

O futuro do conhecimento humano depende da criação de novas técnicas de categorização que sejam semânticas, ou sejam que levem em consideração o real sentido de cada palavra, frase, imagem ou vídeo. O desenvolvimento de inteligência artificial que seja capaz de compreender as intenções do pesquisador ao acessar uma ferramenta de busca como o Google tornam-se vitais para que o conhecimento moderno não se "perca" no meio do excesso de informação inútil que é igualmente valorizada nos meios de comunicação digitais.

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