sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

EcoDesign para Webdesigners

Quando falamos de EcoDesign nos dias atuais, lembramos de forma mais efetiva de produtos ecológicos, tais como lápis que usam madeira de áreas reflorestadas, chapéus que usam fibra de côco, carros elétricos e até mesmo do projeto do Biocombustível. Mas quando passamos à mídias digitais, fica difícil imaginar como podemos criar soluções ecológicas que sejam realmente eficientes.

Por isso organizei uma lista de medidas que podem ser tomadas para tornar o seu projeto digital mais bacana para com o planeta, veja só:

1 – Cores escuras

Apesar de vivermos em tempos onde muita gente acredita que para um projeto ser “clean”, ele deve ter uma predominância de branco em sua composição e de tons que sejam claros e simples, o uso de tons mais escuros exigirá menos gasto de energia dos monitores e com isso ajuda a diminuir o consumo de energia elétrica. Exemplos desta técnica pode ser encontrada no site http://www.blackle.com/. Lógico que não devemos ignorar as necessidades do projeto e só daqui pra frente usar de cores mais escuras. Mas sempre que tiver espaço para usar, saiba que ajudou a diminuir o consumo de energia! E só para constar, preto pode ser usado de forma extremamente clean também.

2 – Hospedagem Ecológica

O que faz de um serviço de hospedagem ecológico ou não? De forma simples e direta, o quanto de energia ele consome para manter seu site 24h no ar. Pois pense no seguinte, o site é hospedado numa máquina que não pode ser desligada nunca, em miúdos esse é o príncipio de um servidor de internet. Porém para tal operação é necessário uma operação de otimização do consumo de energia e consecutivamente das temidas emissões de carbono. Agora a questão que fica é: Seu hospedador está realmente se preocupando com isso? A melhor solução é cobrar como cliente quais são as medidas que estão sendo tomadas nesse sentido. Fica aqui duas dicas de servidores que realmente levam a questão ecológica a sério:

http://www.hostgator.com/ 

http://www.thinkhost.com/.

3 – Certificação Digital

Essa é mais válida para portais gorvenamentais. Imagine que entrou no site da sua prefeitura para tirar a segunda via de um documento que precisa ser impresso. Porque não, em vez de te forçar a gerar uma impressão, não ter a opção de você receber uma versão em PDF certificada digitalmente pela prefeitura?

Essa simples idéia ajudaria a gerar um consumo mais consciente de papel, além de diminuir emissões de tinta. Para os que não sabem no Brasil, de acordo com a lei 4096/01, todo documento assinado digitalmente por meio de um certificado digital, possui validade jurídica.

Como podem ver, são pequenos detalhes que ajudam a diminuir as emissões de carbono e a tornar seu projeto mais ecológico e com certeza existem milhares de utras idéias que podem ser aplicadas nesse sentido, porém devo ressaltar que toda medida que envolva alterações no layout do site, só deve ser tomada após ser realizada uma análise do briefing do cliente.

E não se esqueça, seja um Designer Ecológico sem ser um EcoChato!

Abraços a todos e Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"O pessoal da informática não entende os computadores"

A frase do título pertence ao fílosofo Ted Nelson. Forte e impactante nada mais é do que um manifesto sobre sua insatisfação com as limitações das pessoas que não exploram completamente as possibilidades da máquina.

Exemplo? Observe agora mesmo o seu computador, e pense, porque será que a tela inicial do seu computador se chama "desktop"? Por acaso se parece como uma mesa de trabalho? Não! Mas foi assim definido porque era uma referência que remetia diretamente ao que era necessário para se usar papel, e isso era fácil de compreender.

Editores de textos, a atual estrutura de arquivos, e a própria estrutura de organização do conteúdo digital ainda não passa de uma cópia descarada do que fazemos (ou faziamos) no papel! Isso é a principal crítica de Nelson aos profissionais de informática.

Não posso negar que ele tenha razão.

O meio digital já provou sua funcionalidade e viabilidade. Agora é hora de criar novos conceitos de usabilidade que se descolem dos velhos hábitos.
Temos a oportunidade e a obrigação de pensar em novas formas de navegação do usuário pelo conteúdo. Com isso atender as demandas de toda uma nova geração que nasceu tendo internet em seus celulares!

Para finalizar, acrescento Nelson: Não basta entendermos melhor os computadores, precisamos entender melhor as pessoas.

A Evolução da Indexação do Conhecimento Humano

O conhecimento humano evoluiu de forma exponencial ao longo dos séculos e com isso, foram criadas diversas formas de indexação desse conhecimento, sendo o escriba a primeira célula criada nos primórdios da civilização para organizar os primeiros escritos, chegando aos tempos atuais a idéia foi evoluida para os grandes buscadores. Porém apesar da aparência diferente do elemento organizador, as técnicas ainda são muito similares desde o começo da criação da história escrita.

O grande problema disso anteriormente era da eventual perda de conteúdo ao catalogar teorias, escritos e textos em geral. Como exemplo posso citar as leis de genética de Mendel, que se perdeu por quase um século até ser encontrada por pessoas que eram capazes de dá-la a devida importância.

Com a evolução e o advento da internet, a perda de dados ainda é uma possibilidade, mas o problema atual mora na categorização desse conteúdo.

No momento em que vivemos da evolução do conhecimento humano, o volume de conhecimento gerado pela humanidade suplantou todas as expectativas esperadas, porém a qualidade desse conteúdo tornou-se amplamente discutível, pois o destaque dos conteúdos não é definido de forma semântica, mas sim seguindo métricas de organização fixas e incapazes de avaliar e respaldar o valor do conteúdo gerado no âmbito individual.

Trocando em miúdos, tomo como exemplo este texto: Enquanto escrevo este ponto de vista sobre como a semântica é vital na indexação dos tempos modernos, o conteúdo que gero está neste exato momento concorrendo com diversos outros de menor valor acadêmico ou mercadológico, tais como notícias sobre celebridades efêmeras, dançarinas que se destacam pelo corpo e não pelos pés ou qualquer outro fato que será explorado pela mídia até a exaustão.

O meu conteúdo ao ser publicado será indexado e categorizado nos agregadores de conteúdo moderno, os buscadores, pelas palavras que usa, e apenas isso. O real valor dessas palavras caberá ao internauta garimpar e escolher no meio de milhões de outros conteúdos gerados.

Ou seja, as técnicas antigas não se aplicam mais aos tempos modernos, pois em vez de agregarem realmente conteúdo acabam gerando ruído ao internauta devido ao excesso de informação, que está categorizado, porém não está avaliado sobre sua relevância ao internauta.

O futuro do conhecimento humano depende da criação de novas técnicas de categorização que sejam semânticas, ou sejam que levem em consideração o real sentido de cada palavra, frase, imagem ou vídeo. O desenvolvimento de inteligência artificial que seja capaz de compreender as intenções do pesquisador ao acessar uma ferramenta de busca como o Google tornam-se vitais para que o conhecimento moderno não se "perca" no meio do excesso de informação inútil que é igualmente valorizada nos meios de comunicação digitais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tipos de usuários que você não quer ser no Twitter

Em mais um artigo falando sobre como usar o Twitter, desta vez vou abordarsobre alguns tipos de usuário que se vê no Twitter, com seus respectivos problemas:

1 – Canal de notícias

É simples, usa o Twitter como canal para divulgar notícias de um determinado tema, e só! Geralmente possui muitos seguidores e não segue ninguém. Não interage com o público que o segue, e nunca, mas nunca mesmo responde a uma DM.

Problema: Uma hora as pessoas começam a achar mais interessante ir no site de um jornal do que seguir a pessoa. Por isso vive tendo uma taxa muito alta de gente que simplesmente para de segui-lo.

2 – Celebridade

A celebridade, conta sobre seu dia, o tempo todo, só que tem um problema, fala sozinho, ele e o vento pro Twitter, isso quando não é possível notar que não é o cara que escreve e sim um assessor. Nem preciso dizer que ele não segue ninguém, não responde mensagens e nem nada disso, afinal o assessor dele não ganhatão bem assim.

Problema: Bom, limita-se a seguir quem é fã cego da pessoa e só, mas em fato, ele não ganha nada com o Twitter, apenas fornece algo para quem gosta dele, sem nem saber o porque exatamente.

3 – Colecionador de seguidores

É simples, alguém disse para ele que o legal no Twitter é ter mais de mil seguidores, aí ele não tem dúvidas, segue pessoas em lote, sem nem pensar muito, só para aumentar seu número de seguidores, pois espera que essas pessoas o sigam em retorno, só tem um probleminha, esse cara gostaria de ser que nem o segundo exemplo, uma celebridade! Então após ele conseguir a meta dele de mil ou dois mil seguidores, ele prontamente aplicará unfollow na lista inteira ou quase inteira!

Problema: Preciso mesmo dizer o problema deste caso?

O que é o Ideal?

Existem muitos outros casos de usuários que não sabem aproveitar a mídia da forma correta, mas esses 3 casos já sintetizam tudo que devemos evitar a todo custo.

O Twitter é uma mídia de interação social rápida e efetiva, que permite que você interaja com as pessoas, então não negue-se a essa possibilidade, não importa se você é famoso, desconhecido, comerciante ou jornalista. Negócios só são gerados a partir do relacionamento.

Então use toda a gama de artíficios para se relacionar com as pessoas, comente as postagens delas, não deixe de responder a nada que te enviarem e responda na medida do possível a todos os seus DMs. Não importa muito a quantidade de seguidores que possui, Twitter é mídia qualitativa e não quantitativa! Então cuide bem dos seus seguidores e eles te renderão empre bons frutos e ótimas amizades!

sábado, 9 de outubro de 2010

Anafalbetismo Funcional, Digital e Visual

Para começar vamos definir o que é Anafalbetismo: A falta de conhecimento de uma língua escrita, tornando o índividuo incapaz de comunicar-se por meios escritos.

Triste e perigoso não? Um limitador brutal ao crescimento individual e por sequência ao desenvolvimento de uma nação, felizmente isso é um problema que tem sido cada vez mais erradicado.

Já o Anafalbetismo Funcional nasce no momento em que as pessoas apesar de saberem ler, não sabem interpretar o que lêem, ou seja interpretam de forma incorreta tudo (ou quase tudo) aquilo que lê. O leitor deste blog deve parar e imaginar qual o problema disso? Bom imagine um médico que não sabe interpretar os livros de medicina e apenas os decorou como um papagaio. Você confia nesse médico para te receitar um remédio?

Com a evolução da comunicação somou-se ao problema o fator digital que tudo facilita na vida. Facilita tanto que muita gente é incapaz de escrever uma simples redação que tenha começo, meio e fim! Nos tempos modernos o começo é um termo de pesquisa, e o buscador fornece convenientemente o meio e um fim adequado.

Muitos definiriam Anafalbetismo Digital como a inabilidade da pessoa em usar tecnologias digitais. Já eu definiria como a inabilidade de pensar por si mesmo, sem o suporte tecnológico. Agora imagine o seguinte quadro: Não bastando ser incapaz de interpretar o que lê, o cara é incapaz de formular novas idéias também, a não ser que o Google possa lhe fornecer alguma.

Paralelo a estes conceitos, existe o Anafalbetismo Visual. Que nada mais é do que a incapacidade de interpretar imagens. A pessoa não vê, apenas enxerga e não consegue ir além da aparência superficial daquilo que enxerga. Sabe aquela imagem subjetiva que criou para uma campanha? Essa pessoa não vai entender patavina e possivelmente não irá se demorar mais que cinco segundos na “análise” da imagem que você criou.

Todas as formas citadas acima de anafalbetismo são ruídos perigosos no processo de comunicação, que devem ser analisados de forma cuidadosa ao criar e estruturar uma mensagem, pois o desafio do Designer atual é que a massa cada vez menos apta a interpretar mensagens, e nessa “massa” incluem-se advogados, médicos, engenheiros e pasmem até mesmo outros “Designers”.

Triste, porém é a verdade.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

12 idéias de Design Sustentável vindas da natureza

O vídeo é ótimo, infelizmente não encontrei ele legendado. Mas ainda assim é fantástico parar e lembrar que as melhores idéias são aquelas que vem sido evoluídas desde que a vida nasceu no planeta!. Assistam!

domingo, 18 de julho de 2010

Minuto da Propaganda – Videogame! – Parte 1

Navegando pelo Youtube, fiz um pequeno apanhado de diversas propagandas realizadas para a promoção de diversos videogames em diversas epócas. Divirtam-se!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

As mãos em cima da Copa e a Arte em cima do Design.

Copa%202014

Agora é oficial, o logo da Copa 2014 será aquela taça cheia de mãos querendo se apossar dela. Aquele mesmo que tem o 2014 em um vermelho estranho, pois que me recorde não possuimos nenhuma referência a esta cor em nada que simboliza o Brasil. Aquele que o R e o C ao lado parecem ter sido marcas de ferro em gado, provavelmente para deixar claro que o Roberto Carlos é do Brasil…quem sabe…

Apesar dos comentários irônicos acima, respeito a idéia do logo, só podia ter sido melhor executada. Também não vou entrar na tentação de dizer que é feio ou bonito, não é isso que um Designer tem que avaliar, tem é que avaliar questões técnicas e se a marca transmite a mensagem correta.

Bom, já existem profissionais demais avaliando se está correto ou não, gente muito mais gabaritada do que eu para discorrer do assunto inclusive. Portanto vou olhar a questão de outro ponto de vista.

Comitê de Notáveis

O que mais me chamou a atenção nisso tudo, não foi a marca em si. O que realmente me chamou a atenção foi a escolha do comitê de aprovação. O comitê era composto por nomes como: Ricardo Teixeira (O Cliente), O Presidente Lula (Representando a sociedade brasileira), Ivete Sangalo (música), Gisele Bündchen (moda), Oscar Niemeyer (arquitetura), Paulo Coelho (literatura) e Hans Donner (único Designer da lista).

Se formos analisar, tirando o Lula e o próprio Ricardo Teixeira, temos uma seleção de artistas para aprovar o que foi visto pelo cliente como uma peça de arte. Então nada mais lógico do que chamar artistas renomados de diversas áreas para aprovar a marca! Inclusive o Design foi contemplado na presença do Hans Donner, porém foi encarado como mais uma modalidade de arte.

Não viram a marca como uma peça de comunicação de um evento que não ocorre a mais de 50 anos no país! Viram como uma escolha entre diversas peças de arte. Visto desse ponto de vista fica absolutamente explicado porque a comunidade de Design tem criticado tanto o logo, ele não foi encarado como trabalho de Designers em nenhum momento e se soubermos o nome do idealizador, com  certeza será referenciado como artista gráfico ou algo do tipo.

Arte é uma parte importante do Design, mas não é Design. Uma peça de arte é questão de gosto. Uma peça de Design é questão de comunicação.

Enfim…

E agora é isso que temos aí. Uma marca que só consegue ser defendida na base do “ah, eu gosto da marca da copa” ou “eu achei bonito, não está feio”.

Encerrando, acredito que isso vai ser positivo para o Design Brasileiro. Pela primeira vez está ficando claro de forma gritante para a sociedade, o que nos diferencia de artistas. Quais as prerrogativas de um bom Design. Não me recordo de outro momento que os Designers tiveram tanta voz, quanto para se unirem e apontarem os defeitos da marca da Copa!

Enfim, a taça já está aprovada e só nos resta agora desejar boa sorte ao Designer que a criou, pois com certeza ele é a pessoa que mais está aprendendo com esse episódio e sorte ao Design Brasileiro, e esperar que um dia o mercado finalmente entenda a diferença entre Arte e Design.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Emoções

Este ensaio é o resultado de uma sessão de fotos que foi produzida com a Companhia Extra de Teatro Emocional, a idéia era exatamente sintetizar o principal trunfo deles numa sequência de imagens.

A Sessão de fotografia inclusive será usada na confecçãodo novo site da Companhia que em breve estará no ar.

Para que confiram, segue abaixo o Slideshow do ensaio.

Ps.: Parabéns aos talentosos atores da Companhia Extra!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Loja de roupas: Como apresentar o produto

Uma das dificuldades na compra de roupas on-line é a impossibilidade de o cliente experimentar e tocar a roupa, problema enfrentado em roupas masculinas e quase sempre fatal para conversão da compra quando se trata de roupas femininas.

Pensando nisso elaborei algumas sugestões que podem ajudar na resolução do problema. Em todas elas o foco é garantir conforto ao cliente e com isso maximizar a possibilidade de ele efetivar a compra e principalmente retornar para futuras compras.

1 - Serviço leva e trás
Se seu raio de ação principal estiver focado em uma cidade, pode instituir um serviço que após enviar ao carrinho de compras o cliente, solicite que as peças sejam enviadas com um consultor à sua casa. O sistema une praticidade da compra on-line, com a intimidade de ter um consultor em sua casa. Basta que o sistema de compra esteja preparado para isso, fornecendo opções de agendamento. O serviço inclusive pode ser vendido como um adicional.

2 - Modelos em VRML

VRML é uma tecnologia que permite inserir modelos 3D em páginas de internet. Seria um passo a frente na exibição das fotos, em vez de usar a fotografia de uma modelo real, por que não usar um modelo 3D permitindo que o cliente dê zoom, rotacione ou até mesmo altere as medidas do modelo para que fiquem similares com as suas?

3 - Roupas sob medida

Indo totalmente na maré contrária da venda em massa de um determinado produto, porque não investir num negócio de personalização on-line? A roupa seria produzida com as medidas informadas pelo cliente, que inclusive pode solicitar o consultor em sua casa. Ele compraria então o modelo da roupa pelo site e depois a loja mandaria um profissional em hora marcada para ajustar a roupa para o cliente.

Essas são apenas algumas idéias, e foram pensadas para casos específicos de logísitca da loja, muito mais pode ser pensado para resolver o problema. Basta procurar o profissional correto.

Deixo aqui a todos que se interessem o contato da Ultra-e - http://www.ultra-e.com.br/. Empresa especializada em comércio eletrônico, onde poderão achar muitas outras boas idéias, todas feitas sob medida ao seu negócio.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ralph Baer, Pai do Videogame e Tio dos Game Designers

Quando se pensa na história dos video-games, a mídia brasileira lembra do produto mas poucas vezes honra como se deve o criador dela. Por isso este artigo conta um pouco desta história, falando de Ralph Baer, o criador do primeiro video-game de sucesso, o que abriu mercado para todas as gerações que seguiram e criou o espaço onde se reveleram grandes designers tais como Hideo Kojima, Hironobu Sakaguchi e Shigeru Miyamoto.

Tudo começaria no ano de 1966, quando Ralph Baer, alemão naturalizado nos EUA, teria criado o "Brown Box", Um sistema de telejogo que permitia ao jogador interagir por meios de controles conectados ao aparelho com os personagens renderizados em pixels na tela. Os controles eram grandes caixas com seletores de movimento vertical e horizontal e nada mais.



Inventor do sistema de cartuchos, o Brown Box nasceu com apenas dois jogos, e foi lançado com o nome de Magnavox Odissey, o primeiro video-game da história. Com gráficos que hoje seriam considerados precários, o sistema tinha diversos acessórios interessantes, como por exemplo telas transparentes que eram colocadas sobre a tela da TV para simular o cenário, pois o aparelho não tinha capacidade de renderiza-lo!


Ao longo da vida do console ele sofreu uma série de atualizações, entre elas o primeiro jogo de tiro operado por uma pistola. O conceito de um sensor de movimento interno na pistola informar ao video-game onde deve estar seu cursor nascera aí e até hoje é usado nos seus irmãos mais novos.Tudo graças ao engenho de Baer.

Há de se deixar registrado, que o que realmente importava era criar um sistema de interação entre as pessoas, uma forma de evolução das mídias existentes. Um sistema de entretenimento digital. O Videogame não nasceu para impressionar a ninguém pelos seus gráficos e sim para gerar diversão! Então qualquer pessoa que deseje seguir na área deve ter isso em mente ao criar um projeto, a diversão do usuário está acima de qualquer coisa.

Para finalizar, deixarei alguns links sobre o assunto.

História do Odissey - http://www.pong-story.com/odyssey.htm - Link em Inglês

História de Ralph Baer - http://en.wikipedia.org/wiki/Ralph_Baer - Link em Inglês

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Vender cerveja não precisa ser banal!

Uma das coisas da qual sempre fui crítico ferrenho, é quanto a banalidade dos atuais comerciais, alguns acreditam que basta por uma mulher bonita na tela que o conceito do vídeo tá explicado!

Nada contra belas mulheres na tela da TV, sou contra é a falta de criatividade, a banalização da mulher e a total desconsideração do público feminino como público consumidor potencial. Poderia até se usar da sensualidade como argumento, desde que fosse plenamente justificado.

Esse tipo de pensamento não é exclusivo meu, tanto que diversas campanhas diversificaram suas propostas nos últimos tempos, mas vez ou outra você ainda vê a fórmula batida e desgastada de só mostrar diversas mulheres bonitas consumindo o produto que tá tudo certo.

Como exemplo, selecionei algumas propagandas que conseguiram o objetivo, sem ser banais.

 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Propagandas que sabem usar bom humor!

Humor é uma ferramenta poderosa para comunicar uma mensagem ou fixar uma marca na cabeça do consumidor, para demonstrar o princípio, selecionei alguns comerciais que foram super divertidos e cumpriram sua missão!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Você faz só o que gosta ou gosta do que faz?

Ao ler o título muito provavelmente irá pensar que existe aí uma redundância, mas na verdade são duas frases antagônicas. Pelo menos quando se fala de Design.

Vamos compreender o porque!

Imagine que comprou uma cadeira. Linda a cadeira, extremamente moderna, etc. Muito bem, aí você leva ela pra sua casa, põe na frente da TV e senta pra assistir seu bom e velho jornal e após algumas horas descobre uma dura realidade. A cadeira é bonita, mas dá uma senhora dor nas costas.

Se isso realmente aconteceu com você, acabou de ser atendido por um Designer que só faz o que gosta. Para ele pouco importa se a cadeira é confortável ou não, conhecer sobre a biometria da sua coluna é algo chato, afinal ele não gosta de ergonomia, para ele apenas importa que ELE acha a cadeira bonita. Nesses casos, o ego do profissional fala mais alto do que seu dever e por isso as costas do inocente dono da cadeira doem ao sentar na mesma.

O que leva a isso?

Esses fenômenos da profissão ocorrem por um fato simples: Design sempre foi uma profissão voltada ao desenvolvimento de um projeto (seja ele qual for: digital, gráfico, produto, etc.). Porém existem muitos profissionais que acreditam no Design como forma de expressão artística, onde ele ganha licensa poética de só fazer do jeito que gosta e não do jeito que precisa ser feito! Faz só o que gosta!

O real Designer é um projetista, sabe que deve fazer peças agradáveis, interessantes e bonitas. Mas nem por isso distancia-se da função dessas peças. Um bom Designer nunca cria nada pensando no próprio ego, pensa no público que vai consumir o que ele criou. E exatamente por isso, ele gosta do que faz!

E quanto a você? Faz só o que gosta ou gosta do que faz?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Minuto da Propaganda – Jingle é tudo!

Uma das armas mais poderosas da imagem, é a música, som ou no caso da publicidade o Jingle, que é uma música feita exclusivamente para o anúcio de um produto, idéia ou serviço. Também é um forte aliado de estratégias de branding!

Esse formato de publicidade foi criada nos EUA, no ano de 1926, para a marca “Cereais Wheaties”. No Brasil, o primeiro foi o Jingle da Padaria Brangança veículado pelo rádio, no programa de Ademar Batista em 1932.

O Jingle tem a característica de ser relativamente mais barato e possuir forte penetração no público, em especial se for genial, como algumas propagandas que selecionei abaixo.

Para um Designer é importante conhecer o valor da música ao formular uma campanha. Muitas vezes a solução não mora na pirotécnia gráfica e sim em imagens simples acompanhadas de um efetivo Jingle!

Segue abaixo alguns exemplos para pensar no assunto!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Olhos de Designer

Já se perguntaram sobre a diferença entre ver e enxergar?

Enxergar se refere ao princípio biológico da visão, se seus olhos funcionam, você enxerga. Podemos também dizer que a visão é a capacidade de coletar dados visuais disponíveis ao seu redor.

Já o conceito de ver é um pouco mais complexo, enquanto enxergar se refere à capacidade, ver está ligado com a interpretação do que se enxerga. Um exemplo claro disso mora na teoria das cores.

Na Física não existem cores, existem frequências de luz que o cerébro humano interpreta da forma como vemos. Por isso uma cor que algumas pessoas diriam ser marrom, para outras pode ser laranja muito escuro.

Ou seja, o processo de captação das imagens ao seu redor ocorre em duas etapas: Na primeira você coleta os dados e na segunda interpreta os dados guiado pela sua carga biológica e cultural. Bom pelo menos é assim que deveria ser!

quad
Experimente testar com seus colegas:“qual o nome dessas cores?”

Poucos estão realmente interpretando aquilo que enxergam atualmente, simplesmente porque não dá mais tempo! Se perdem no turbilhão causado pelo excesso e alta velocidade com que os dados são trafegados e esquecem de exercer o ato de analisar  aquilo que enxergam.

A visão superficial é uma característica dos nossos tempos que é inclusive estimulada pelo sistema consumista onde vivemos. Se as pessoas enxergam mais coisas em menos tempo, sem refletirem sobre o que viram, tornam-se compradores muito mais potenciais.

Por isso, todo aquele que for se tornar Designer tem que treinar sua visão, ser capaz de interpretar a todo momento aquilo que está enxergando, ser crítico e selecionar o que vale a pena dar atenção. Focar os olhos na informação que ele tem que absorver em vez de “passar os olhos” por cima de tudo de forma distraída. Designers criam tendências, porém não há como criar nada se não é capaz de interpretar aquilo que enxerga.

Para encerrar o tema, segue algumas passagens do ótimo documentário “Janelas da alma”





quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Qual o valor de um Designer?

"Hoje, depois de estudar 5 anos e trabalhar quase 15 anos com publicidade, chego na agência e pego um novo job: "Criar um convite de aniversário para a festa da cliente." Me preparei tanto... para isso? VDM."

Esse comentário foi-me trazido por uma amiga que assim como eu atua na área de Design e isto gerou um animado debate com o seguinte tema:  Nosso amigo “VDM” realmente foi subjulgado em sua capacidade?

Resumindo toda a conversa exponho o meu ponto de vista de forma direta: O problema é que enquanto “VDM” achava algo comum demais fazer um convite, o cliente (ou no caso a agência) é que esperava dele um convite digno de um Designer.

Podem haver diversas situações onde durante um projeto o Designer tem que se preocupar com detalhes minímos e até mesmo coisas que uma boa maioria dos profissionais do mercado olharia com desprezo. E é exatamente nestas situações que o Designer se destaca, pois dá às pequenas coisas uma abordagem diferente e funcional!

Como exemplo posto abaixo três idéias simples de como apresentar uma proposta diferenciada de convite para uma festa.

Cubo Convite

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O cubo com a foto de quem convida e numa outra face a foto do convidado, feito em papel, pode ser impresso numa gráfica comum. Em epócas de Flickr é uma idéia extremamente viável e além de tudo é barata.

Convite na garrafa

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O convite iria em papel envelhecido dentro de uma garrafa de resina colorida ou ainda com detalhes temáticos. Simples de executar e dá toda uma experiência de uso à quem receber o convite. Se usar materiais a prova d’agua ainda dá pra fazer isso em garrafas que contenham a bebida!

Convite em LCD

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Uma versão tecnológica de convite. Mandar um porta-retratos digital que contenha fotos suas e o convite em alta definição é algo que possui um custo mais elevado, mas além de convite torna-se uma forma interessante de se ofertar um brinde. perfeito para empresas que queiram convidar clientes estratégicos ou fornecedores para uma reunião.

O valor de um Designer não é medido pelo o que ele faz, e sim por como ele o faz. Pensem nisso!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Simplicidade também é divertida!

Navegando pelo youtube, minha esposa achou animações muito divertidas de um grupo de Designers Russos. É espetacular ver como com traços simples e boas idéias sai coisa muito boa! Curtam abaixo os vídeos.

Cinco dicas ao formular o seu currículo

O currículo de um Designer pede algumas adaptações que refletem as necessidades e exigências do nosso mercado. Por isso formulei cinco pontos que deve ter cuidado ao formula-lo:

1 – Apresente-se

O currículo deve ter uma área onde faça uma apresentação inicial sobre quem é você, especifique sua especialidade, suas aptidões, se está envolvido em algum projeto, mesmo que seja de cunho pessoal. A única observação é que deve ter em mente que está se apresentando como Designer, então deixe as frases de impacto para seu perfil pessoal do Orkut e tenha o cuidado de não florear com dados que não sejam verídicos.

2 -  Seja didático ao explicar suas habilidades

Um profissional de RH quando está em processo de seleção, raramente tem tempo de ficar muito tempo olhando um currículo, aliado a isso, em 80% dos casos a primeira pessoa que lê seu currículo não entende do que você faz, apenas faz uma triagem prévia de acordo com dados que o setor que requeriu a vaga determinou.

Por isso, seja suscinto ao explicar os programas que usa e se for necessário passar da primeira folha no currículo, os programas e habilidades específicas ficam na primeira folha em destaque.

3 – Tenha foco

As vezes ocorre da empresa abrir vagas em diferentes segmentos de nossa área, e não é difícil de ocorrer do Design ter formação em todos as áreas requisitadas.

Porém em vez de dizer que pretende se alistar para todos os postos, analise a empresa e escolha onde quer atuar dentro dela. Depois que entrar aí sim, mostre aos poucos suas outra habilidades na medida que as oportunidades surgirem.

4 – Apenas o que é relevante

Nos outros tópicos do currículo, lembre-se de ser relevante ao que se pede de um Designer. Ao falar dos colégios que estudou, compensa citar mais detalhadamente se tiver feito um curso técnico na área. Caso contrário seja suscinto.

Em experiência profissional, atenha-se aos casos onde esteve envolvido com Design. Lembre-se seja objetivo!

5 – Não tem experiência? Tenha portifólio.

Esse é o ponto mais crucial para um Designer, é perdoável que não tenha uma experiência dentro de empresas, porém não ter portifólio é imperdoável!

O que ocorre é fatídico, você até consegue passar pela primeira seleção, porém raramente passa pela segunda seleção, feita com as pessoas do setor onde irá trabalhar.

Outra coisa neste tópico é a forma de apresentar este portifólio. Este material deve estar on-line, não mande anexos nos e-mails, inclusive, muitas empresas possuem restrições para anexos em e-mails. E não precisa ser necessariamente um site, pode muito bem ser um blog, como este que está lendo agora ou ainda crie uma conta no Issu. Que serve perfeitamente bem para portifólios em PDF.