sábado, 9 de outubro de 2010

Anafalbetismo Funcional, Digital e Visual

Para começar vamos definir o que é Anafalbetismo: A falta de conhecimento de uma língua escrita, tornando o índividuo incapaz de comunicar-se por meios escritos.

Triste e perigoso não? Um limitador brutal ao crescimento individual e por sequência ao desenvolvimento de uma nação, felizmente isso é um problema que tem sido cada vez mais erradicado.

Já o Anafalbetismo Funcional nasce no momento em que as pessoas apesar de saberem ler, não sabem interpretar o que lêem, ou seja interpretam de forma incorreta tudo (ou quase tudo) aquilo que lê. O leitor deste blog deve parar e imaginar qual o problema disso? Bom imagine um médico que não sabe interpretar os livros de medicina e apenas os decorou como um papagaio. Você confia nesse médico para te receitar um remédio?

Com a evolução da comunicação somou-se ao problema o fator digital que tudo facilita na vida. Facilita tanto que muita gente é incapaz de escrever uma simples redação que tenha começo, meio e fim! Nos tempos modernos o começo é um termo de pesquisa, e o buscador fornece convenientemente o meio e um fim adequado.

Muitos definiriam Anafalbetismo Digital como a inabilidade da pessoa em usar tecnologias digitais. Já eu definiria como a inabilidade de pensar por si mesmo, sem o suporte tecnológico. Agora imagine o seguinte quadro: Não bastando ser incapaz de interpretar o que lê, o cara é incapaz de formular novas idéias também, a não ser que o Google possa lhe fornecer alguma.

Paralelo a estes conceitos, existe o Anafalbetismo Visual. Que nada mais é do que a incapacidade de interpretar imagens. A pessoa não vê, apenas enxerga e não consegue ir além da aparência superficial daquilo que enxerga. Sabe aquela imagem subjetiva que criou para uma campanha? Essa pessoa não vai entender patavina e possivelmente não irá se demorar mais que cinco segundos na “análise” da imagem que você criou.

Todas as formas citadas acima de anafalbetismo são ruídos perigosos no processo de comunicação, que devem ser analisados de forma cuidadosa ao criar e estruturar uma mensagem, pois o desafio do Designer atual é que a massa cada vez menos apta a interpretar mensagens, e nessa “massa” incluem-se advogados, médicos, engenheiros e pasmem até mesmo outros “Designers”.

Triste, porém é a verdade.

Um comentário:

Thiago Hernandez disse...

Realmente é bem triste. Na verdade é uma produção de diplomas e não de profissionais. Nem mesmo técnicos saímos das "escolas", quem dirá pensadores. Acho que dá pra fazer um post só sobre isso. Interessante!