quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Você faz só o que gosta ou gosta do que faz?

Ao ler o título muito provavelmente irá pensar que existe aí uma redundância, mas na verdade são duas frases antagônicas. Pelo menos quando se fala de Design.

Vamos compreender o porque!

Imagine que comprou uma cadeira. Linda a cadeira, extremamente moderna, etc. Muito bem, aí você leva ela pra sua casa, põe na frente da TV e senta pra assistir seu bom e velho jornal e após algumas horas descobre uma dura realidade. A cadeira é bonita, mas dá uma senhora dor nas costas.

Se isso realmente aconteceu com você, acabou de ser atendido por um Designer que só faz o que gosta. Para ele pouco importa se a cadeira é confortável ou não, conhecer sobre a biometria da sua coluna é algo chato, afinal ele não gosta de ergonomia, para ele apenas importa que ELE acha a cadeira bonita. Nesses casos, o ego do profissional fala mais alto do que seu dever e por isso as costas do inocente dono da cadeira doem ao sentar na mesma.

O que leva a isso?

Esses fenômenos da profissão ocorrem por um fato simples: Design sempre foi uma profissão voltada ao desenvolvimento de um projeto (seja ele qual for: digital, gráfico, produto, etc.). Porém existem muitos profissionais que acreditam no Design como forma de expressão artística, onde ele ganha licensa poética de só fazer do jeito que gosta e não do jeito que precisa ser feito! Faz só o que gosta!

O real Designer é um projetista, sabe que deve fazer peças agradáveis, interessantes e bonitas. Mas nem por isso distancia-se da função dessas peças. Um bom Designer nunca cria nada pensando no próprio ego, pensa no público que vai consumir o que ele criou. E exatamente por isso, ele gosta do que faz!

E quanto a você? Faz só o que gosta ou gosta do que faz?

2 comentários:

Cyloo Cybele Eloy disse...

Queria deixar um comentário no seu port mais não tenho conta lá, logo estarei fazendo, adorei seu port está de parabéns, clean e objetivo continue sempre assim, Sucesso! Bjo´s***

Pedro disse...

Excelente, soco na cara de uma grande geração de designers que são mais neo-artistas do que projetistas, profissionais ou mesmo "cientistas"(já que design também é uma ciência). Arte como ferramenta, beleza como consequência, funcionalidade como base. Clap, clap.