quinta-feira, 14 de abril de 2011

O cliente sempre tem razão?

No último artigo falei sobre o problema dos profissionais que não escutam seus clientes e os menosprezam ao estigmatizar o cliente como o eterno leigo que nunca sabe de nada.

Porém há a situação inversa. Você sabe se impor como profissional sem passar por cima do cliente? Sobre isso reuni três pontos essenciais para nossa reflexão sobre este tema.

O Cliente paga por opinião

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Apesar de muitos clientes estarem certos de seus objetivos, em uma relação de prestação de serviços de Design, o que ele espera do profissional são suas opiniões. Isso é o mínimo que o profissional deve ofertar ao seu cliente e tem até um nome bonito se o produto for suas opiniões: Consultoria.

Então não se deixe cair na tentação de deixar o cliente conduzir as direções do negócio, ele pagou a você por isso, por suas opiniões, seu conhecimento técnico. Mas também faz parte do jogo saber convencer seu cliente dos caminhos corretos a seguir.

O Cliente precisa de resultados, não de bajulação

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Alguns profissionais confundem o link de amizade que deve ser estabelecido entre cliente e designer, com mera bajulação. Exemplo: O Cliente sugere que você crie um layout de fundo vermelho e letras rosas (Chutei o pau da barraca nesse exemplo hein!), você sorri, diz que a idéia é fantástica e executa. Certo? Extremamente errado!

Ao agir dessa forma, primeiramente o Designer compromete seu próprio portfólio, pois após entregue o trabalho ele se torna sua obra e não adianta esconder e negar! Mas o pior disso é o projeto não conseguir atingir os resultados pelos quais o cliente investiu.

Não confunda respeito pelo cliente e suas idéias com desrespeito pelos resultados, afinal de contas é por isso que estão te pagando.

O Cliente não determina seus preços

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Outro caso bem comum (infelizmente) é o Designer não saber negociar valores e nem fazer orçamento as vezes. Projetos de Design não nascem por mágica. Há gastos, custos e investimentos a serem feitos. Tais como servidores, energia elétrica, telefonia, reuniões, impressão de provas de layout, aquisição de imagens em bancos, fotografia, estúdio, além da sua própria força de trabalho ou demais profissionais que tenham que participar do projeto. Depende muito da área do Design que estamos falando, mas em nenhuma delas as coisas acontecem de graça.

Então ao determinar seu custo, não se deixe levar pelo o que o cliente gostaria de pagar, pois é comum a todos nós, inclusive à você que lê este texto, que queremos sempre pagar o menor valor pela maior qualidade possível. Por isso é importante ao apresentar seus custos especificar todas as etapas de trabalho e demonstrar ao cliente todos os entregáveis do projeto, assim justificando os custos do investimento necessário.

Nunca faça o trabalho por menos do que ele vale! Você ficará insatisfeito, além de pagar para trabalhar, e junto a isso não consigo acreditar que um profissional insatisfeito preste um bom serviço ao cliente.

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