sexta-feira, 24 de junho de 2011

O cartaz comunica! Não comunica?

Pesquisando referências sobre o cinema antigo para um projeto, selecionei alguns cartazes que achei super interessantes e adicionei algumas observações para refletirmos sobre qual deve ser o papel de um pôster desses.

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Olha só o Godzilla! Você pode não ter entendido o que está escrito, mas perceba o posicionamento da tipografia, as rachaduras. Nada aqui é por acaso. Visa ilustrar de uma vez só o que o espectador verá no filme.

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Analisando os posteres antigos, percebe-se que o interesse maior era retratar a história e não salientar quem eram os atores. Hoje em dia muita gente se limita a mostrar os rostos dos protagonistas e o antagonista e pronto! Tá feito o pôster!

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Os atores não eram nem por isso menosprezados nos pôsteres, como podem ver nesse aqui do Cidadão Kane.

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Perceba que aqui os atores não foram omitidos da comunicação, porém o que se transmite é o conceito do filme. Para a epóca representava rebeldia!

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Olha só como a composição é perfeita. a essência fo filme é resumida numa única expressão e não em um rostinho bonito, fazendo pose pra foto.

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Pra encerrar, mais uma peça de Stanley Kubrick. Laranja Mecânica fez escola no que tange à estética no cinema. No pôster, percebemos a importância que a peça dá à tipografia. Mais uma vez temos no pôster um personagem resumindo a história do filme numa única imagem. Ou seja cumpre com a função de comunicar.

Criatividade é isso aí, cumprir a função da peça de uma forma interessante! 



sábado, 18 de junho de 2011

O que um Designer pode aprender jogando Super Mario

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1 – Simplicidade é algo bonito

Muitos Designers acreditam piamente que o legal é fazer sempre um efeito visual inovador nos seus trabalhos, que seja uber, super, duper complexo e impossível de se imaginar como o cara conseguiu aquilo. Pois é, só que isso que não é sinônimo de que isso tornará o trabalho bom.

Reduzir a arte sempre ao mínimo denominador comum, garante que quem se destaque seja a mensagem a ser transmitida. Nosso bom e velho Mario por exemplo, extremamente simples e até hoje faz sucesso, mesmo nas versões mais modernas com gráficos melhores, a fórmula é a mesma.

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2 – Facilidade ao usuário

A interação do usuário com a peça deve sempre ser simples e fácil. os passos que ele tem que dar para chegar ao conteúdo devem ser diretos, sem burocracia. Toda ação que depende do usuário deve ser resumida a um número mínimo de passos. Algo muito útil de se aplicar quando pensamos na construção de um formulário por exemplo!

Mario por exemplo deve executar durante todo o jogo apenas duas coisas muito simples: Pular e correr. As duas são extremamente simples por isso o jogador não percebe o jogo como sendo algo díficil e continua jogando mesmo que tenha caído num buraco mais de cem vezes seguidas! O segredo para tornar o jogo díficil, é unir duas coisas simples que devem ser feitas de forma coordenada para alcançar um único resultado.

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3 – Defina o estilo e siga-o do começo ao fim

Do começo ao fim do jogo do Super Mario você sabe que tem que pular com um botão e anda pros lados com os direcionais. Pronto! é o que basta para você interagir em todas as fases. Isso dá ao jogador conforto e segurança para continuar usando o jogo.

A mesma coisa acontece com as interfaces que criamos. Quando seguem unidade visual consistente e não divergem ao longo do trabalho do discurso inicial, tornam-se muito mais agradáveis e confortáveis visualmente ao nosso usuário.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Animações Bacanas e Vencedoras

Olha só que bacanas essas animações abaixo. As duas ganharam prêmios em Berlim e Tokio respectivamente.



terça-feira, 14 de junho de 2011

Qual é o retorno do Design ao cliente?

Hoje em dia uma das principais perguntas dos designers mais jovens é a clássica: “Quanto vale o meu trabalho?” Já vi diversas tabelas que tentam orientar e equalizar o valor do serviço aqui no Brasil, mas poucas pessoas dizem a realidade: Seu valor é proporcional ao retorno do cliente. Ou seja, que vantagem ele ganha por ter investido em Design. Para esclarecer mais o assunto, selecionei algumas coisas que seu trabalho deve gerar à qualquer cliente.

Valorização da Marca do cliente

Não importa quem seja o cliente, ninguém paga um Designer só para deixar algo bonitinho. Isso qualquer especialista em computação gráfica pode fazer, sem maiores problemas e por um custo muito menor.

Todo cliente espera como objetivo primordial de qualquer job realizado pelo Designer que a Marca saia mais valorizada e deve ser esse o objetivo máximo de qualquer ação. Isso pode ser alcançado com coisas simples, tais como: O correto posicionamento do logotipo nos materiais, definição da hierarquia visual de forma mais eficiente e sempre usar as cores pertinentes à identidade visual descrita no manual da Marca. É verdade que hoje em dia ainda existem muitas empresas que simplesmente não possuem esse documento, mas em vez de fazer de qualquer jeito, ofereça o serviço de produção do Manual! O Designer e o cliente saem ganhando nisso.

Aproximação do cliente com seu público

Criar uma peça de comunicação seja digital ou impressa sempre tem dois objetivos muito básicos: O primeiro é comunicar a mensagem de forma apropriada ao público-alvo. O segundo é na verdade resultado do primeiro objetivo, gerar aproximação do anunciante com o público.

Não tem muito segredo, apenas se comunique na linguagem do público, de forma inovadora e interativa. Um bom exemplo disso, foi uma capa da revista Veja onde o leitor via seu rosto espelhado na capa. Curiosamente dois meses antes da publicação da revista eu criei uma peça no âmbito universitário que tinha a mesma idéia! Vejam abaixo.

anunciohonda_thumb[5]No centro coloquei esse rapaz sorridente pra ilustrar onde iria o papel espelhado. Com isso conseguiria comunicar a mensagem do anúncio e ainda promoveria interação do anunciante com o público e num impresso!

Lucro!

Pode parecer óbvio dizer isso, mas se você cria uma ação ela tem a obrigação de gerar lucro ao cliente! Não adianta nada um vídeo publicitário ganhar prêmios pelo mundo todo e não dar retorno efetivo ao cliente junto ao públio-alvo dele, que em muitos casos nem fica sabendo da existência de tantos prêmios por trás do vídeo.

Então se o seu trabalho ficou bom, não deixe de coletar os dados que comprovam a efetividade real da ação. E o número que vai comprovar isso sempre será o aumento na lucratividade. 

Concluindo

Documentar esses retornos é muito importante ao Designer na hora que tiver que fazer uma apresentação sobre si ou seu trabalho. Se tiver tudo isso bem documentado, na hora de passar seu orçamento perceberá que contra fatos, não há argumentos.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Logística e Atendimento - Dupla de peso no e-commerce

Essas duas áreas do e-commerce são essenciais para que uma loja se destaque das outras e ganhe a confiança do consumidor. Veja mais abaixo.

Logística, eterno problema

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Muitos resumem logística como a parte do serviço onde se realiza a entrega do produto comprado pelo consumidor, porém vai um pouco além disso.

Na verdade é o trânsito do produto desde sua aquisição do fornecedor até a entrega no consumidor. Ou seja, envolve a estratégia de comunicação e compra com o fornecedor, estoque e classificação do produto, um sistema eficiente que informe aos administradores o real volume do estoque à cada venda realizada e só por fim entra na reta final que envolve retirar o produto do estoque e entregar na residência do consumidor.

Tudo isso citado garante que o procedimento de trânsito se torne organizado, garante a informação correta dos prazos de entrega e por fim garante o essencial. O produto comprado chega ao seu comprador.

Atendimento

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Muito se fala sobre como conquistar a confiança do e-consumidor, sendo a solução essencial a presença de um certificado digital na loja. Concordo, a presença do certificado garante ao consumidor que a loja é quem ela diz ser.

Porém conquistar a confiança tem mais a ver com atendimento humano do que com soluções digitais. Você confia em pessoas, não em seus sistemas e computadores, por isso ter um bom atendimento é essencial.

Para isso, são necessários duas coisas: Um bom sistema de atendimento que esteja integrado com o sistema de logística e pessoas que além de treinadas estejam felizes em atender o cliente. Não adianta nada transformar as vagas do seu departamento de telemarketing em sub-empregos e ainda exigir qualidade de seus colaboradores, mágica não existe!

Outro ponto sobre o atendimento mora na escolha dos líderes dessa operação. Hoje em dia no setor ainda existe uma ótica muito focada nos resultados, aos poucos o foco está mudando para o bem estar dos colaboradores, pois como disse uma vez Ford “Cuide bem de duas coisas, das máquinas e dos trabalhadores. Se cuidar bem do segundo não terá que se preocupar com o primeiro”. Ou seja, colaboradores bem instruídos e felizes geram muito mais resultados de quem só tá ali pra cumprir com sua obrigação. Mas ainda assim, existem gerentes e supervisores que não entendem nada de liderança e acabam acarretando sérios problemas a longo prazo na equipe de atendimento.

São detalhes, mas vitais para que o setor que representará a cara da sua loja virtual ao consumidor esteja saudável.