quinta-feira, 14 de outubro de 2010

"O pessoal da informática não entende os computadores"

A frase do título pertence ao fílosofo Ted Nelson. Forte e impactante nada mais é do que um manifesto sobre sua insatisfação com as limitações das pessoas que não exploram completamente as possibilidades da máquina.

Exemplo? Observe agora mesmo o seu computador, e pense, porque será que a tela inicial do seu computador se chama "desktop"? Por acaso se parece como uma mesa de trabalho? Não! Mas foi assim definido porque era uma referência que remetia diretamente ao que era necessário para se usar papel, e isso era fácil de compreender.

Editores de textos, a atual estrutura de arquivos, e a própria estrutura de organização do conteúdo digital ainda não passa de uma cópia descarada do que fazemos (ou faziamos) no papel! Isso é a principal crítica de Nelson aos profissionais de informática.

Não posso negar que ele tenha razão.

O meio digital já provou sua funcionalidade e viabilidade. Agora é hora de criar novos conceitos de usabilidade que se descolem dos velhos hábitos.
Temos a oportunidade e a obrigação de pensar em novas formas de navegação do usuário pelo conteúdo. Com isso atender as demandas de toda uma nova geração que nasceu tendo internet em seus celulares!

Para finalizar, acrescento Nelson: Não basta entendermos melhor os computadores, precisamos entender melhor as pessoas.

A Evolução da Indexação do Conhecimento Humano

O conhecimento humano evoluiu de forma exponencial ao longo dos séculos e com isso, foram criadas diversas formas de indexação desse conhecimento, sendo o escriba a primeira célula criada nos primórdios da civilização para organizar os primeiros escritos, chegando aos tempos atuais a idéia foi evoluida para os grandes buscadores. Porém apesar da aparência diferente do elemento organizador, as técnicas ainda são muito similares desde o começo da criação da história escrita.

O grande problema disso anteriormente era da eventual perda de conteúdo ao catalogar teorias, escritos e textos em geral. Como exemplo posso citar as leis de genética de Mendel, que se perdeu por quase um século até ser encontrada por pessoas que eram capazes de dá-la a devida importância.

Com a evolução e o advento da internet, a perda de dados ainda é uma possibilidade, mas o problema atual mora na categorização desse conteúdo.

No momento em que vivemos da evolução do conhecimento humano, o volume de conhecimento gerado pela humanidade suplantou todas as expectativas esperadas, porém a qualidade desse conteúdo tornou-se amplamente discutível, pois o destaque dos conteúdos não é definido de forma semântica, mas sim seguindo métricas de organização fixas e incapazes de avaliar e respaldar o valor do conteúdo gerado no âmbito individual.

Trocando em miúdos, tomo como exemplo este texto: Enquanto escrevo este ponto de vista sobre como a semântica é vital na indexação dos tempos modernos, o conteúdo que gero está neste exato momento concorrendo com diversos outros de menor valor acadêmico ou mercadológico, tais como notícias sobre celebridades efêmeras, dançarinas que se destacam pelo corpo e não pelos pés ou qualquer outro fato que será explorado pela mídia até a exaustão.

O meu conteúdo ao ser publicado será indexado e categorizado nos agregadores de conteúdo moderno, os buscadores, pelas palavras que usa, e apenas isso. O real valor dessas palavras caberá ao internauta garimpar e escolher no meio de milhões de outros conteúdos gerados.

Ou seja, as técnicas antigas não se aplicam mais aos tempos modernos, pois em vez de agregarem realmente conteúdo acabam gerando ruído ao internauta devido ao excesso de informação, que está categorizado, porém não está avaliado sobre sua relevância ao internauta.

O futuro do conhecimento humano depende da criação de novas técnicas de categorização que sejam semânticas, ou sejam que levem em consideração o real sentido de cada palavra, frase, imagem ou vídeo. O desenvolvimento de inteligência artificial que seja capaz de compreender as intenções do pesquisador ao acessar uma ferramenta de busca como o Google tornam-se vitais para que o conhecimento moderno não se "perca" no meio do excesso de informação inútil que é igualmente valorizada nos meios de comunicação digitais.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tipos de usuários que você não quer ser no Twitter

Em mais um artigo falando sobre como usar o Twitter, desta vez vou abordarsobre alguns tipos de usuário que se vê no Twitter, com seus respectivos problemas:

1 – Canal de notícias

É simples, usa o Twitter como canal para divulgar notícias de um determinado tema, e só! Geralmente possui muitos seguidores e não segue ninguém. Não interage com o público que o segue, e nunca, mas nunca mesmo responde a uma DM.

Problema: Uma hora as pessoas começam a achar mais interessante ir no site de um jornal do que seguir a pessoa. Por isso vive tendo uma taxa muito alta de gente que simplesmente para de segui-lo.

2 – Celebridade

A celebridade, conta sobre seu dia, o tempo todo, só que tem um problema, fala sozinho, ele e o vento pro Twitter, isso quando não é possível notar que não é o cara que escreve e sim um assessor. Nem preciso dizer que ele não segue ninguém, não responde mensagens e nem nada disso, afinal o assessor dele não ganhatão bem assim.

Problema: Bom, limita-se a seguir quem é fã cego da pessoa e só, mas em fato, ele não ganha nada com o Twitter, apenas fornece algo para quem gosta dele, sem nem saber o porque exatamente.

3 – Colecionador de seguidores

É simples, alguém disse para ele que o legal no Twitter é ter mais de mil seguidores, aí ele não tem dúvidas, segue pessoas em lote, sem nem pensar muito, só para aumentar seu número de seguidores, pois espera que essas pessoas o sigam em retorno, só tem um probleminha, esse cara gostaria de ser que nem o segundo exemplo, uma celebridade! Então após ele conseguir a meta dele de mil ou dois mil seguidores, ele prontamente aplicará unfollow na lista inteira ou quase inteira!

Problema: Preciso mesmo dizer o problema deste caso?

O que é o Ideal?

Existem muitos outros casos de usuários que não sabem aproveitar a mídia da forma correta, mas esses 3 casos já sintetizam tudo que devemos evitar a todo custo.

O Twitter é uma mídia de interação social rápida e efetiva, que permite que você interaja com as pessoas, então não negue-se a essa possibilidade, não importa se você é famoso, desconhecido, comerciante ou jornalista. Negócios só são gerados a partir do relacionamento.

Então use toda a gama de artíficios para se relacionar com as pessoas, comente as postagens delas, não deixe de responder a nada que te enviarem e responda na medida do possível a todos os seus DMs. Não importa muito a quantidade de seguidores que possui, Twitter é mídia qualitativa e não quantitativa! Então cuide bem dos seus seguidores e eles te renderão empre bons frutos e ótimas amizades!

sábado, 9 de outubro de 2010

Anafalbetismo Funcional, Digital e Visual

Para começar vamos definir o que é Anafalbetismo: A falta de conhecimento de uma língua escrita, tornando o índividuo incapaz de comunicar-se por meios escritos.

Triste e perigoso não? Um limitador brutal ao crescimento individual e por sequência ao desenvolvimento de uma nação, felizmente isso é um problema que tem sido cada vez mais erradicado.

Já o Anafalbetismo Funcional nasce no momento em que as pessoas apesar de saberem ler, não sabem interpretar o que lêem, ou seja interpretam de forma incorreta tudo (ou quase tudo) aquilo que lê. O leitor deste blog deve parar e imaginar qual o problema disso? Bom imagine um médico que não sabe interpretar os livros de medicina e apenas os decorou como um papagaio. Você confia nesse médico para te receitar um remédio?

Com a evolução da comunicação somou-se ao problema o fator digital que tudo facilita na vida. Facilita tanto que muita gente é incapaz de escrever uma simples redação que tenha começo, meio e fim! Nos tempos modernos o começo é um termo de pesquisa, e o buscador fornece convenientemente o meio e um fim adequado.

Muitos definiriam Anafalbetismo Digital como a inabilidade da pessoa em usar tecnologias digitais. Já eu definiria como a inabilidade de pensar por si mesmo, sem o suporte tecnológico. Agora imagine o seguinte quadro: Não bastando ser incapaz de interpretar o que lê, o cara é incapaz de formular novas idéias também, a não ser que o Google possa lhe fornecer alguma.

Paralelo a estes conceitos, existe o Anafalbetismo Visual. Que nada mais é do que a incapacidade de interpretar imagens. A pessoa não vê, apenas enxerga e não consegue ir além da aparência superficial daquilo que enxerga. Sabe aquela imagem subjetiva que criou para uma campanha? Essa pessoa não vai entender patavina e possivelmente não irá se demorar mais que cinco segundos na “análise” da imagem que você criou.

Todas as formas citadas acima de anafalbetismo são ruídos perigosos no processo de comunicação, que devem ser analisados de forma cuidadosa ao criar e estruturar uma mensagem, pois o desafio do Designer atual é que a massa cada vez menos apta a interpretar mensagens, e nessa “massa” incluem-se advogados, médicos, engenheiros e pasmem até mesmo outros “Designers”.

Triste, porém é a verdade.