quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Você faz só o que gosta ou gosta do que faz?

Ao ler o título muito provavelmente irá pensar que existe aí uma redundância, mas na verdade são duas frases antagônicas. Pelo menos quando se fala de Design.

Vamos compreender o porque!

Imagine que comprou uma cadeira. Linda a cadeira, extremamente moderna, etc. Muito bem, aí você leva ela pra sua casa, põe na frente da TV e senta pra assistir seu bom e velho jornal e após algumas horas descobre uma dura realidade. A cadeira é bonita, mas dá uma senhora dor nas costas.

Se isso realmente aconteceu com você, acabou de ser atendido por um Designer que só faz o que gosta. Para ele pouco importa se a cadeira é confortável ou não, conhecer sobre a biometria da sua coluna é algo chato, afinal ele não gosta de ergonomia, para ele apenas importa que ELE acha a cadeira bonita. Nesses casos, o ego do profissional fala mais alto do que seu dever e por isso as costas do inocente dono da cadeira doem ao sentar na mesma.

O que leva a isso?

Esses fenômenos da profissão ocorrem por um fato simples: Design sempre foi uma profissão voltada ao desenvolvimento de um projeto (seja ele qual for: digital, gráfico, produto, etc.). Porém existem muitos profissionais que acreditam no Design como forma de expressão artística, onde ele ganha licensa poética de só fazer do jeito que gosta e não do jeito que precisa ser feito! Faz só o que gosta!

O real Designer é um projetista, sabe que deve fazer peças agradáveis, interessantes e bonitas. Mas nem por isso distancia-se da função dessas peças. Um bom Designer nunca cria nada pensando no próprio ego, pensa no público que vai consumir o que ele criou. E exatamente por isso, ele gosta do que faz!

E quanto a você? Faz só o que gosta ou gosta do que faz?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Minuto da Propaganda – Jingle é tudo!

Uma das armas mais poderosas da imagem, é a música, som ou no caso da publicidade o Jingle, que é uma música feita exclusivamente para o anúcio de um produto, idéia ou serviço. Também é um forte aliado de estratégias de branding!

Esse formato de publicidade foi criada nos EUA, no ano de 1926, para a marca “Cereais Wheaties”. No Brasil, o primeiro foi o Jingle da Padaria Brangança veículado pelo rádio, no programa de Ademar Batista em 1932.

O Jingle tem a característica de ser relativamente mais barato e possuir forte penetração no público, em especial se for genial, como algumas propagandas que selecionei abaixo.

Para um Designer é importante conhecer o valor da música ao formular uma campanha. Muitas vezes a solução não mora na pirotécnia gráfica e sim em imagens simples acompanhadas de um efetivo Jingle!

Segue abaixo alguns exemplos para pensar no assunto!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Olhos de Designer

Já se perguntaram sobre a diferença entre ver e enxergar?

Enxergar se refere ao princípio biológico da visão, se seus olhos funcionam, você enxerga. Podemos também dizer que a visão é a capacidade de coletar dados visuais disponíveis ao seu redor.

Já o conceito de ver é um pouco mais complexo, enquanto enxergar se refere à capacidade, ver está ligado com a interpretação do que se enxerga. Um exemplo claro disso mora na teoria das cores.

Na Física não existem cores, existem frequências de luz que o cerébro humano interpreta da forma como vemos. Por isso uma cor que algumas pessoas diriam ser marrom, para outras pode ser laranja muito escuro.

Ou seja, o processo de captação das imagens ao seu redor ocorre em duas etapas: Na primeira você coleta os dados e na segunda interpreta os dados guiado pela sua carga biológica e cultural. Bom pelo menos é assim que deveria ser!

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Experimente testar com seus colegas:“qual o nome dessas cores?”

Poucos estão realmente interpretando aquilo que enxergam atualmente, simplesmente porque não dá mais tempo! Se perdem no turbilhão causado pelo excesso e alta velocidade com que os dados são trafegados e esquecem de exercer o ato de analisar  aquilo que enxergam.

A visão superficial é uma característica dos nossos tempos que é inclusive estimulada pelo sistema consumista onde vivemos. Se as pessoas enxergam mais coisas em menos tempo, sem refletirem sobre o que viram, tornam-se compradores muito mais potenciais.

Por isso, todo aquele que for se tornar Designer tem que treinar sua visão, ser capaz de interpretar a todo momento aquilo que está enxergando, ser crítico e selecionar o que vale a pena dar atenção. Focar os olhos na informação que ele tem que absorver em vez de “passar os olhos” por cima de tudo de forma distraída. Designers criam tendências, porém não há como criar nada se não é capaz de interpretar aquilo que enxerga.

Para encerrar o tema, segue algumas passagens do ótimo documentário “Janelas da alma”





quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Qual o valor de um Designer?

"Hoje, depois de estudar 5 anos e trabalhar quase 15 anos com publicidade, chego na agência e pego um novo job: "Criar um convite de aniversário para a festa da cliente." Me preparei tanto... para isso? VDM."

Esse comentário foi-me trazido por uma amiga que assim como eu atua na área de Design e isto gerou um animado debate com o seguinte tema:  Nosso amigo “VDM” realmente foi subjulgado em sua capacidade?

Resumindo toda a conversa exponho o meu ponto de vista de forma direta: O problema é que enquanto “VDM” achava algo comum demais fazer um convite, o cliente (ou no caso a agência) é que esperava dele um convite digno de um Designer.

Podem haver diversas situações onde durante um projeto o Designer tem que se preocupar com detalhes minímos e até mesmo coisas que uma boa maioria dos profissionais do mercado olharia com desprezo. E é exatamente nestas situações que o Designer se destaca, pois dá às pequenas coisas uma abordagem diferente e funcional!

Como exemplo posto abaixo três idéias simples de como apresentar uma proposta diferenciada de convite para uma festa.

Cubo Convite

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O cubo com a foto de quem convida e numa outra face a foto do convidado, feito em papel, pode ser impresso numa gráfica comum. Em epócas de Flickr é uma idéia extremamente viável e além de tudo é barata.

Convite na garrafa

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O convite iria em papel envelhecido dentro de uma garrafa de resina colorida ou ainda com detalhes temáticos. Simples de executar e dá toda uma experiência de uso à quem receber o convite. Se usar materiais a prova d’agua ainda dá pra fazer isso em garrafas que contenham a bebida!

Convite em LCD

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Uma versão tecnológica de convite. Mandar um porta-retratos digital que contenha fotos suas e o convite em alta definição é algo que possui um custo mais elevado, mas além de convite torna-se uma forma interessante de se ofertar um brinde. perfeito para empresas que queiram convidar clientes estratégicos ou fornecedores para uma reunião.

O valor de um Designer não é medido pelo o que ele faz, e sim por como ele o faz. Pensem nisso!